domingo, 20 de maio de 2007

O N.º 1 DO BOLETIM DE EDUCAÇÃO




Foi com agradável surpresa que recentemente vi pela primeira vez, numa mesa de café, em Loulé, o 1.º número do Boletim de Educação, editado pela Câmara Municipal. Apesar de considerar que deveria ter tido conhecimento da sua edição durante os periódicos e frequentes contactos que estabeleço com os vereadores do executivo camarário, o facto de se tratar de um documento dirigido em exclusivo à Educação, na minha perspectiva, sobrepõe-se a esse lapso.
Este boletim segue genericamente a lógica política e organizativa do Boletim Municipal, pois constitui um relatório descritivo das iniciativas do executivo em matérias relacionadas com a educação, com especial incidência na construção e remodelação de equipamentos escolares do concelho. Também não ficou esquecido o apoio à construção de creches. Na primeira metade do documento está bem clara a finalidade informativa associada à promoção do executivo camarário.

A comunidade valoriza que as nossas crianças e jovens frequentem agradáveis e confortáveis espaços escolares e que tenham à sua disposição materiais que os motivem no sentido do saber e favoreçam o seu desenvolvimento. Mas esta é apenas uma parte da solução do problema. A complexidade situa-se em encontrar, de forma partilhada, os melhores caminhos para a orientação educativa de toda uma população heterogénea nas idades, origem, capacidades e interesses, em constante alteração, numa sociedade global em mudança. A consciência desta complexidade parece justificar que o documento contenha uma segunda parte com informação sobre projectos e actividades que são de iniciativa e execução de escolas e entidades diversas, embora apoiados pela Câmara Municipal. Tratam-se de iniciativas que envolvem alunos e que podem constituir boas oportunidades de formação, cívica, pessoal e de aprendizagem. Precisam, no entanto, de ser incluídos e articulados num plano educativo abrangente, participado na sua concepção e execução, acompanhado e monitorizado, tal como está previsto na Carta Educativa do Concelho, também ela referida no boletim. Não está ausente de significado o facto de a referência à Carta Educativa se encontrar nas páginas centrais, como charneira entre as duas partes do documento.
As políticas educativas, de âmbito escolar, pois é sobretudo disso que os relatos da segunda parte tratam, projectam-se a 7, 8, 10 anos e é muito difícil estabelecer relações de causa e efeito, por tão elevado e imbricado número de variáveis em jogo. Assim, se a segunda parte do documento pretende ilustrar envolvimentos do executivo em acções de cariz mais pedagógico então, nas fotografias a primazia deveria ter sido dada aos jovens, porque são eles os protagonistas e os sujeitos da acção.
Valorizo a iniciativa de organizar e publicar um boletim dedicado à Educação.
Embora sem periodicidade definida aguardo o 2.º número, na expectativa do seu conteúdo.