terça-feira, 23 de outubro de 2007

PS/LOULÉ DEU CONFERÊNCIA DE IMPRENSA



O PS/Loulé reuniu hoje a imprensa local no Loulé Jardim Hotel para publicamente denunciar os atropelos grosseiros às regras do jogo democrático e o clima de intolerância que actualmente se vive nas reuniões de câmara e da Assembleia Municipal.

Hugo Nunes, deputado e presidente da Comissão Política, Maria Helena Baptista, em representação dos vereadores socialistas na Câmara e Vítor Faria, em nome do grupo parlamentar na Assembleia Municipal expuseram perante os poucos jornalistas presentes, não obstante todos terem sido convidados, os factos, tão chocantes quanto surpreendentes, que ultimamente têm vindo a ser protagonizados pelo presidente da Câmara, Dr.Seruca Emídio.

A abrir as declarações e após agradecer a presença dos jornalistas, Hugo Nunes pediu a colaboração da Imprensa Local na denúncia do que classificou como “ o incumprimento da lei no que respeita às normas definidas para o funcionamento dos órgãos autárquicos”.Concretizando, o líder dos socialistas louletanos referiu o clima de grande tensão em que decorreu a última reunião de câmara após os vereadores da oposição terem pedido esclarecimentos a propósito do Plano de Urbanização de Loulé (PUCL). Os comentários acintosos e as ofensas pessoais que o Presidente da Câmara desferiu contra os vereadores socialistas, que em consequência acabaram por abandonar a reunião, revelam que o autarca “é mal formado ou não está à altura do lugar que ocupa”, disse.
E justificou: “ mal formado porque não compreende o sistema democrático nem aceita as suas regras … e/ou não está à altura do lugar que ocupa porque é incapaz de lidar com a pressão que o lugar acarreta”.

A terminar Hugo Nunes anunciou que os vereadores do PS apresentarão já na próxima reunião de câmara novas propostas para que todas as reuniões de câmara passem a ser gravadas, para que o número das reuniões públicas passe de uma para três mensais e para que sejam cumpridas todas a exigências legais no que respeita à disponibilização atempada da propostas camarárias e sua documentação de suporte.

Em nome dos vereadores eleitos pelo PS na Câmara Municipal usou depois da palavra a vereadora independente, Maria Helena Baptista.” Dado que nunca nos foi cedido um armário/uma secretária para guardar a documentação que temos vindo a acumular as nossas casas tendem a transformar-se em escritórios da CML … de igual modo não nos foi fornecido um endereço de e-mail, cartões de apresentação ou telefone pelo que se algum munícipe telefonar para a Câmara para falar com qualquer dos vereadores Vítor Aleixo, Luís Mealha ou Helena Baptista não tem forma de o conseguir”, declarou aquela vereadora a propósito da total ausência de meios que o Presidente da Câmara teima em impor aos seus colegas da Oposição.

Coube ainda a Helena Baptista a denúncia indignada das grosserias do Presidente da Câmara.A propósito declarou aquela vereadora que: “ O sr.Presidente sempre que lhe é dirigida alguma questão, pedido de esclarecimento ou requerimento escrito, sobre assunto de algum melindre, entende que estamos a manifestar suspeição sobre a sua actividade, entra em estado de irritação e reage pela via da grave ofensa pessoal ou tentativa de coacção psicológica, o que põe em causa a dignidade de cada um de nós”.

A fechar a Conferência de Imprensa foi Vítor Faria, deputado municipal, a quem coube denunciar:”a coacção moral ilegitimamente exercida sobre alguns membros da Assembleia Municipal eleitos pelo Partido Socialista, nomeadamente os Presidentes de Junta de Freguesia, compelidos a votar favoravelmente as propostas da Câmara Municipal sob pena de discriminação das suas freguesias em futuras acções a prever no orçamento e plano de actividades, de que foi exemplo marcante a advertência feita aos presidentes de Junta de Freguesia do PS sobre o seu sentido de voto na apreciação do pedido de autorização de um empréstimo de 25 milhões de euros”

Já num curto período de perguntas e respostas, Hugo Nunes referiu-se ainda à situação dos trabalhadores da UNICER e declarou-se atento e disponível para os defender, dentro de circunstâncias difíceis e sem recurso a demagogias.




Loulé em 22 de Outubro de 2007

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

INQUALIFICÁVEL !

Os vereadores Vítor Aleixo, Luís Mealha e Helena Baptista questionaram hoje o Presidente Serúca Emídio sobre as razões da existência de duas plantas, com dois perímetros urbanos substancialmente diferentes na área envolvente à UNICER, no processo para a elaboração do PLANO DE URBANIZAÇÃO DA CIDADE DE LOULÉ. A deliberação para continuar os trabalhos de elaboração deste plano foi aprovada, com a abstenção dos vereadores do PS, na Reunião de Câmara de 26 de Setembro.
A leitura do Requerimento desencadeou a cólera do autarca que achando-se atingido na sua honra se permitiu ofender de forma soez e grosseira os vereadores do PS.
Pelas 16 horas os vereadores da oposição abandonaram, em protesto, os trabalhos da sessão camarária.

domingo, 7 de outubro de 2007

SÁBADO DE MANHÃ EM LOULÉ

Sábado de manhã esta nossa cidade tem muita vida.
São os louletanos a ir ao mercado, são os turistas ingleses a passear e os carros em fila, uns atrás dos outros, a apitar, a estacionar em tudo quanto é sítio, até sobre as passadeiras e passeios. Que alegria! E os parquezitos de estacionamento tão vazios... Que pena...
É uma cidade sem guardas que orientem o trânsito, que impeçam os estacionamentos em tudo quanto é sítio, sem políticos que se interessem por essas coisas e que se preocupem com o bem estar dos residentes e dos visitantes.
É como uma equipa que fica entregue a si própria, sem treinador, nem dirigentes ou árbitros: não consegue jogar!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Contratação de Docentes para Actividades de Enriquecimento Curricular





Coube à Câmara Municipal de Loulé recrutar docentes para enquadramento das actividades de enriquecimento curricular que vão ser desenvolvidas nas escolas do 1.º Ciclo do Concelho de Loulé.

Para muitos jovens licenciados a admissão aos horários disponibilizados constituía uma oportunidade de emprego e de contagem de tempo de serviço que iria servir para, mais tarde, ter a possibilidade de ingressar na carreira docente. Este interesse justifica que alguns dos candidatos não seleccionados pela Autarquia de Loulé tivessem questionado os critérios e o processo de recrutamento.

No sentido de entender a forma utilizada e ficar na posse de informação fidedigna, foi apresentado na reunião de Câmara do passado dia 19 de Setembro, pelos vereadores eleitos pelo PS, um requerimento solicitando, em suporte escrito, esclarecimentos sobre este assunto. Foi prometido pelo executivo que a documentação completa seria entregue na reunião do dia 26 do corrente, o que não aconteceu até hoje.

Só depois de conhecer o processo se poderá entender se os critérios de recrutamento estão de acordo com os critérios genericamente adoptados nos concursos de docentes ou se, pelo contrário, contêm especificidades que se desviem do que é habitual nestes concursos.

De importância fundamental está a regulação que deve ser levada a efeito pelas escolas, no uso das competências dos respectivos órgãos pedagógicos, sobre as práticas que os docentes desenvolvem com os alunos durante as actividades de enriquecimento curricular. Nalguns casos, os comentários de alunos e de pais são muito críticos no que respeita ao trabalho proposto durante os tempos destas actividades. Deve a Câmara Municipal, como parceira na sua organização e implementação, encontrar uma forma de comunicação com as escolas que lhe permita obter registos que suportem o processo de avaliação. Para tal deve ser considerado um processo de recolha de informações sistematizadas, que ajudem a ultrapassar o campo das opiniões de cariz impressionista.

A colocação dos formadores é importante e representa um encargo significativo que esta comunidade do concelho de Loulé suporta. Agora assiste a todos o direito de exigir qualidade e não apenas entretenimentos inconsequentes das nossas crianças.



segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Poços perigosos: insegurança e incúria

Em sede própria e oportunamente, alertei os responsáveis da Junta de Freguesia de Quarteira para um facto que me tem trazido preocupada, por se tratar de uma questão que põe em causa a segurança dos cidadãos.
Infelizmente, como quase sempre acontece às propostas e sugestões que são apresentadas pela “oposição”, o assunto foi encarado com alguma displicência, senão mesmo animosidade.

Há vários meses, casualmente, na Rua da Pernada, em Quarteira, deparou-se-me um poço, sem qualquer protecção, mesmo junto ao caminho onde, diariamente, passam muitas pessoas e animais.
Com a atenção desperta, acabei, surpreendida, por verificar não se tratar de caso único: efectivamente, entre os vários poços nessas condições que contabilizei na mesma rua, dois deles situam-se mesmo junto à berma da estrada, constituindo perigosa “ratoeira”.

Prontamente, achei que era meu dever, enquanto cidadã, alertar as autoridades competentes, e fi-lo, em sede própria, na Assembleia de Freguesia.
É claro que o presidente da Junta, primeiro, negou a existência de tais poços, afirmando que conhecia Quarteira como as palmas da sua mão; mas, posteriormente, perante as fotografias divulgadas na imprensa local que, entretanto, me questionara sobre a situação, acabou por admitir que os poços estavam lá sem qualquer protecção.
Em entrevista, também o presidente da Câmara Municipal acabaria por admitir essa existência. A verdade é que, cerca de um ano passou e… tudo continua na mesma.

Não nos podemos calar quando se trata de segurança e bem-estar dos cidadãos.
A responsabilidade de quem se candidata e é eleito, passa por um conjunto de deveres que não deve, de forma alguma, ser descurado.
È certo e até percebo que os poços estão em propriedade alheia e isso põe problemas na intervenção directa; mas a quem cabe assegurar a segurança e bem-estar dos cidadãos?

A verdade é que para certos autarcas – e não só – falar em segurança tem apenas um sentido: o da segurança dos bens. Por isso, clamam por mais e melhor policiamento.
Ora, falar apenas de mais policiamento, afirmando que se está verdadeiramente preocupado em proteger o cidadão, é pura demagogia.
A protecção da sociedade civil passa por um conjunto de vectores, tais como a saúde, o bem-estar, a qualidade de vida, a habitação, a educação, mas passa também por assegurar a nossa integridade física.
Dizer-se que há preocupação para com os eleitores quando se sabe que um trabalho não é feito ou uma anomalia não é corrigida, como no caso em questão, é, além de hipocrisia, pura inconsciência.
Perante a inoperância dos executivos autárquicos, resta-nos rezar para que acidentes mortais não aconteçam naqueles poços.